Sei que não posso falar de uma
maneira geral. Mas vou ilustrar como vejo as coisas ou como elas acabam
acontecendo comigo. Quando geralmente rola um “match” ou o papo se inicia espontaneamente
– através de uma paquera mútua e marota, if you know what i mean – através de uma in box, minha resposta para a
pergunta: “O que você procura”, geralmente é: “Encontrar um cara bacana e ir
conhecendo”. Parece pouco, mas acredite em mim. Essa frase já mostra algumas
etapas pré-definidas para onde a conversa vai se caminhar.
Vamos analisar isso aos poucos.
Um cara bacana. Nos dias de hoje, onde vomitar verdades através do facebook
parece ser um esporte universal, encontrar um cara bacana, que não tenha um
pensamento retrógrado ou “coxinha”, como dizem por aí, é bem difícil – Sim, até
no meio Gay. Se mulheres já possuem uma lista extensa de poréns com relação aos
homens, já imaginou quando é um homem que quer se envolver com outro homem?
Pois é. A lista é ainda maior!
Mas a grande questão aqui é: O
que é ser um cara bacana em minha opinião? Admito que minha resposta possa até parecer
bem utópica. Mas acredito que um cara bacana é alguém que realmente esteja
aberto para conhecer. No caso, te conhecer. Alguém que entenda que não domina a verdade
absoluta e que queira, acima de tudo, descobrir coisas novas. Que
perceba que mudar de ideia ou opinião, não tem nada de errado. Errado seria
acabar não mudando.
E onde fica o “ir conhecendo” alguém?
Antes de falar sobre como encaro essa etapa, preciso voltar a alertar você,
querido leitor (a), que primeiro precisamos entender uma coisa de uma vez por
todas. Ninguém tem culpa das suas expectativas. Não é de responsabilidade da
outra pessoa que você está conhecendo, a imagem do príncipe encantado no cavalo
branco, que você criou. Infelizmente você assistiu Disney demais e isso te afetou. Príncipes
podem existir. Romeus podem estar por aí, mas saiba que muito provavelmente
você vai acabar se envolvendo com um sapo. Que pode ou não acabar virando,
eventualmente, príncipe. Mas ele é um sapo e lide com isso.
Outro alerta é que ninguém é
perfeito e todo mundo erra. Esteja preparado pra isso, querendo ou não. Eu mesmo já errei
querendo acertar e também errei querendo errar. Erramos aqui e acertamos mais a
frente. Dizem que essa é a lei da compensação. Já eu acredito no bom e velho Karma.
Ir conhecendo, ao mesmo tempo em
que representa pra mim a “chave” para fazer com que nasça um envolvimento, não
é nada fácil. Ir conhecendo é investir tempo. É descobrir gostos em comum e
aprender a gostar de hábitos novos, que evolvem ou não os dois. É conhecer os
amigos dele e ele conhecer os seus. É pensar em coisas para se fazer junto. É
você permitir um alguém novo na sua rotina. E você entrar na rotina desse
alguém. Dá medo e tem que dar, mas esse medo, no fundo é maravilhoso.
Mas pode ser também que um papo após o “match”
ou a paquera marota via in box, fique só nisso e o encontro real nem aconteça. Como
também vocês podem sair e descobrir que não existe química. Sim, isso também pode acontecer. Mas podem ser bons
amigos ou só conhecidos, como queiram.
O que importa é você saber o que quer e não ter nenhum receio de jogar essas certezas pro alto, se algo não planejado aparecer. Somos humanos e criamos expectativas demais quando passamos muito tempo pensando sobre determinado assunto. E expectativa é sempre uma grande merda!
Um comentário:
Ótimo post!
Concordo integralmente e eu mesmo já cometi esses pecados quando mais jovem o que me abona, não?
Hoje, se tivesse de buscar esse outro, ainda que os filtros estejam muito mais afiados já que amadureci e a paciência para conversinha insonsa é mínima, tenho essa consciência de que 'I'm not perfect, but i'm perfect for you'.
Vejo pencas de gente se lamentando que não conseguem namorar mas são incapazes de entender o que é se relacionar com outro, criando uma série de padrões e expectativas irreais e inalcançáveis como escudo e escusa para simplesmente seguirem sozinhas e lamentando o infortúnio de assim estarem.
Estão mesmo num relacionamento destrutivo consigo mesmas..
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