Nunca tive problema em falar
sobre sexo. Desde muito cedo recebi uma boa liberdade dentro de casa para tratar
sobre o assunto. Assumo que com meus treze/quatorze anos me achava o máximo
por assistir ao Erótica MTV, apresentando por Babi Xavier (muito antes do
silicone labial) e Dr. Jairo – Delicia – Bouer.
Verdade seja dita. Eu era um feto
– se comparado aos dias atuais –, mas já me interessava ouvir e falar sobre o
assunto: Sexo. Era, por motivo da idade, um curioso. Queria saber como era. O
que era. Como fazia... Não, pera! Na época
não se tratava muito de fazer sexo. A ideia de falar sobre o tema e tentar
entender o que podia ser entendido, era melhor. Era o máximo! Não fazia, mas
sabia. Meio nerd, que domina toda a teoria, mas não tem nenhuma noção de prática.
E conforme o tempo foi passando, fui
fazendo amigos e crescendo, o foco sexo só ficou mais latente. Posso afirmar
que hoje em dia, quando todo mundo se reúne, é sobre isso que passamos a maior
parte do tempo conversando. Agora não só como teóricos, podemos debater com
propriedade de praticantes. Muita
prioridade. E muita prática, diga-se de passagem!
Também costumo dizer que quem tem
amigos não tem intimidade. Quem nunca dividiu algumas frustrações ou surpresas
que aconteceram na hora H? Não tem como mentir. Abrimos o jogo mesmo. Somos
naturalmente curiosos e, sobre sexo, todo mundo fala. Ou ao menos falava.
Sou filho do fim dos anos 80 e
tive uma liberdade tão bacana na minha pré-adolescência nos anos 90, que me
custa entender certas coisas que estão acontecendo com essa nova geração. Não
falo isso só pela “onda de conservadorismo” que anda na ~moda~, mas pela
caretice de algumas pessoas. Hoje, falar sobre sexo ou qualquer outro assunto
do gênero, parece pesado. Inadequado e fora de lugar. E não digo isso só pela
onda do politicamente correto. Algumas pessoas decidiram entrar em uma máquina
do tempo, onde ignorar certas questões as mantém a salvo do trabalho de pensar
e, consequentemente, questionar.
Se hoje, Serginho Groisman e
Otavio Mesquita possuem um momento de perguntas sobre sexo em seus respectivos
programas, foi porque a MTV – que já não existe mais como antigamente – abriu
esse canal de comunicação. Ela passou a informar o jovem de uma maneira “menos
careta” e mais direta. Se você queria saber sobre penetração, masturbação, sexo
anal ou oral, o Erótica MTV (1999 – 2001), o Peep MTV, apresentado por Jairo Bouer,
Didi Wagner e Penélope Nova, (2002) e Ponto Pê, apresentado só pela Penélope
(2006 - 2007), eram o lugar certo de se perguntar. Independente de qual fosse,
o programa não te enrolava na resposta. Você descobria o que queria saber e
aprendia a melhor maneira de se proteger contra as DSTs e todas as outras
possibilidades de doenças que existem por aí. E tudo dito na boa, sem nenhum
slogan conservador ou feito por uma equipe de publicidade “pra jovem”.
Então podemos dizer que em pleno
2014 as coisas estão mais evoluídas nesse assunto, correto? Afinal, todo mundo
é depravado nos dias de hoje e fala sobre sexo. Bem, é errado! Muito errado
pensar assim. Parece que falar para os jovens se tornou um problema muito
grande. Tudo tem que ser com as palavras certas (que de certas mesmo só existem
para conforto dos mais velhos) e em momentos propícios com uma pegada menos
invasiva, mas que tem uma sutilidade menor que de uma criança de cinco anos que
indaga aos pais se eles namoram pelados. A grande questão não está na pergunta,
mas na resposta! Nem tudo é um bicho de sete cabeças. O sexo não precisa voltar
a ser um enorme tabu.
Não sei ao certo explicar o
motivo ou em que momento isso aconteceu. Só que aparentemente foi montada uma proteção
para os jovens de hoje, em que tudo já é predeterminado a ser ofensivo e minimamente
perturbador de se questionar. Não importa a pergunta, sendo o conteúdo sobre
sexo, já não é bem vinda.
Ao que parece, tudo se divide basicamente
entre o povo que “decide esperar” e a galera que sai pegando qualquer um.
Particularmente, não é bem assim. Não acredito que tudo seja o preto no branco.
Você pode falar sobre sexo e não fazer. Esperar pelo cara certo, pessoa certa
ou o seu momento certo. Falar não significa necessariamente fazer.
É por isso que proponho uma vez por
mês, às quintas, fazermos o Sexo Oral. Assim, vocês leitores perguntam e nós do
Barba Feita respondemos. Sei que nossa comunicação é, por enquanto, só na base
da escrita, mas enquanto ainda não falamos propriamente com vocês, vamos mantendo
esse nome e fazendo assim, pode ser? Tudo bem por vocês?
Então, vamos falar sobre sexo? Podem usar os comentários ou, se quiserem uma coisa mais íntima, sem ninguém saber que você está perguntando, pode mandar email pra gente. O anonimato é sempre garantido:
barbafeitablog@gmail.com
E se você não chegou a conhecer o
Erótica MTV, apresentado pela Babi e Jairo, dá o Play e divirta-se.
Ou assista ao Ponto Pê, com a Penélope e seus adoráveis casos da semana.
Ou assista ao Ponto Pê, com a Penélope e seus adoráveis casos da semana.
3 comentários:
Ahh eu tbm sempre fui de boa quanto a esse assunto.
porem em casa, c pais conservadores.. aprendi tudo n rua. Em revistas e em programas. Na marra.
Quem me conhece não imagina isso..
mas meu pai foi introduzir uma conversa sobre sexo seguro quando eu tinha quase 20 anos e ja estava cansada de dar..
e as palavras dele: Espero que sua mãe ja tenha conversado c vc sobre.
Eu só confirmei c a cabeça e saí d sala.
Eh mt estranho falar de sexo c meus pais.. mas c outras pessoas, falo até o q nao devo hahahaha
Sil seu maravilhoso!
Falo de sexo sempre que você quiser, seu lindo iuahiudhasiudhisahdiuhsaiduh
Vou bolar alguma pergunta boa pro próximo!
Que saudade do Ponto Pê!
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