Quando criança, bem antes de aprender a ler e escrever, eu já gostava das letras. O barulho da máquina de escrever antiga, que minha madrinha trouxera do trabalho, me fascinava e eu via a tela verde do computador como algo mágico, um portal que pudesse me teletransportar para um novo lugar.
Ao descobrir esse mundo, tudo então, passou a ter sentido. Jornais, revistas, livros eram o que havia de mais lindo na terra para mim e estudar e aprender a ler e escrever tornou-se uma verdadeira Disneylândia para este moço que vos escreve.
Com o passar do tempo, o gosto pela literatura e pela arte de escrever foi se aprofundando. Mas, como canceriano ascendente em Sagitário e a Lua em Touro, a insegurança sempre fora algo que se fizera presente em mim e nunca achei que fora tão bom como diziam.
Mas eis que o Leco, nosso colunista de segunda aqui, em sua infinita bondade, me convida para escrever no Pop de Botequim e, posteriormente, aqui no Barba Feita, porque gosta da forma como escrevo; eis que meus professores da Faculdade gostam do que escrevo; então, com tantos elogios de pessoas tão gabaritadas, eu devo realmente ter jeito pra coisa. E, claro, como tendo tantos elementos como água, fogo e terra no meu mapa astral, é natural que eu goste de elogios; quem não gosta?
Mas me pego falando apenas de mim aqui. Isto não deixa de ser uma forma de me abrir um pouco com cada um de vocês, afinal, não existe terapia melhor e sempre acharam que eu devia falar mais de mim nos antigos blogs que possuía. Talvez estejam certos, talvez não, mas nem tenho uma vida diva ou rainha para falar tanto de mim desse jeito.
O fato é que escrever, juntar as palavras e fazer que elas mudem o meu mundo tem me feito repensar muitas coisas, quebrar muitos dos meus preconceitos. O fato de criar algo que me sensibilize e, consequentemente, possa sensibilizar outras pessoas, não tem preço. Ou melhor, tem, e eu adoraria viver disso.
A arte de escrever, além de mudar o mundo, transforma principalmente quem escreve. No meu caso, tem me feito ser feliz a cada dia, tem me dado a oportunidade de me conhecer e me encantar com pessoas imensamente queridas e, talvez, isso sim não tenha preço.
E hoje eu só posso agradecer à minha madrinha por ter comprado tantos livros, jornais e revistas, me levado ao cinema, ao teatro, me falado de divas, reis e rainhas e, sobretudo, ter trazido aquela velha máquina de escrever para casa.
3 comentários:
Tardo mas não falho!
Excelente relato de como escrever e ler podem mudar uma vida ou várias.
E como infelizmente essa é uma arte pouco valorizada.
Inspirador...depois de um tempo perdida, estou me reencontrando em palavras escritas também. Obrigada pelo belo texto!
Inspirador...depois de um tempo perdida, estou me reencontrando em palavras escritas também. Obrigada pelo belo texto!
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