Falamos muitas vezes sobre
preconceito e até sobre a própria homofobia por aqui no Barba Feita. Mas, como
muitos sabem, a própria comunidade gay – e não só ela, é preciso acrescentar – enfrenta
um problema interno muito grave: julgamento alheio. Isso é algo do próprio ser
humano, mas se nós, gays, enfrentamos homofóbicos e intolerantes que não
entendem duas pessoas do mesmo sexo nutrirem amor um pelo outro, o que podemos
dizer daqueles que são gays e possuem outro tipo de conceito sobre
relacionamentos?
Pois é, essa semana ficou famoso o caso entre um tailandês e
seu namorado alemão. Se você ficou de fora das redes sociais ou optou por não
ler o que anda rolando por aí, eu conto pra vocês. Os dois estavam de mãos
dadas em um metrô em Bangcoc e foram fotografados. Uma página do Facebook, BV
Patrol, publicou. A legenda era simples e dizia o que todos nós queremos para os casais
gays que possuem coragem de se assumir casal na rua: “Apoiá-los”.
Só que não é preciso ser um gênio
para entender o que aconteceu. Muitos começaram a achar impossível o alemão
estar apaixonado pelo tailandês e eles serem um casal de verdade. Era possível
ler nos comentários por onde a foto circulou que dinheiro, macumba e até o
tamanho do membro sexual estivessem em jogo para os dois estarem juntos.
Sabemos que esse não é um pensamento exclusivamente gay. Se um homem, por exemplo, é gordo e está ao lado de uma mulher magra, muitos já dizem que o cara deve ser rico. Mulher mais velha com homem mais jovem? Golpe do baú. E no meio gay isso não é diferente, mas deveria. Afinal, é tão difícil conseguir alinhar tantas coisas para se permitir um relacionamento que, ao avistar isso em uma declaração tão forte de afeto, deveríamos apoiar e não ter uma pura e simples inveja.
Não, também não acho que por sofrermos preconceitos deveríamos estar longe de ter essa linha de pensamento. Isso é do ser humano, ter toda essa concepção de julgamento. Ser gay, hetero, bi ou trans, não tem nada com isso. Talvez, se conseguirmos nos tornar seres humanos com um melhor olhar sobre o outro, tudo faça mais sentido e a aparência não se torne um fator essencial para duas pessoas estarem envolvidas. Assim como a condição sexual dos casais.
Ah, e os dois estão juntos há dois anos e cinco meses e são mega apaixonados um pelo outro. O relacionamento é à distância. Um mora na Alemanha e o outro em Bangcoc.
Sim, o amor é possível e acontece. Don’t be a bitch about it se ainda não aconteceu com você. Quem sabe não é você que anda se achando o último Chardonnay da adega...
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Sabemos que esse não é um pensamento exclusivamente gay. Se um homem, por exemplo, é gordo e está ao lado de uma mulher magra, muitos já dizem que o cara deve ser rico. Mulher mais velha com homem mais jovem? Golpe do baú. E no meio gay isso não é diferente, mas deveria. Afinal, é tão difícil conseguir alinhar tantas coisas para se permitir um relacionamento que, ao avistar isso em uma declaração tão forte de afeto, deveríamos apoiar e não ter uma pura e simples inveja.
Não, também não acho que por sofrermos preconceitos deveríamos estar longe de ter essa linha de pensamento. Isso é do ser humano, ter toda essa concepção de julgamento. Ser gay, hetero, bi ou trans, não tem nada com isso. Talvez, se conseguirmos nos tornar seres humanos com um melhor olhar sobre o outro, tudo faça mais sentido e a aparência não se torne um fator essencial para duas pessoas estarem envolvidas. Assim como a condição sexual dos casais.
Ah, e os dois estão juntos há dois anos e cinco meses e são mega apaixonados um pelo outro. O relacionamento é à distância. Um mora na Alemanha e o outro em Bangcoc.
Sim, o amor é possível e acontece. Don’t be a bitch about it se ainda não aconteceu com você. Quem sabe não é você que anda se achando o último Chardonnay da adega...
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Silvestre Mendes, o nosso colunista de quinta-feira no Barba Feita, é carioca e formado em Gestão de Produção em Rádio e TV, além de ser, assumidamente, um ex-romântico. Ou, simplesmente, um novo consciente de que um lance é um lance e de que romance é romance.
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Um comentário:
cara, isso é foda e me irrita muito
Sempre rola aquele apoio dos amigos quando vc ta na merda, terminando um relacionamento ou quando leva um pe n bunda d uma pegaçao.. O famoso, ahh mas vc eh mt bonita p ela..
Mas tem ocasioes que nao é esse o caso..
isso ja aconteceu cmg e fico chateada por ser cercada de pessoas futeis e superficiais..
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