Eu nem te falei
da dor de acordar
sem você por perto
pra um bom-dia dar
Eu nem te falei
da falta que eu sinto
das tardes no quarto,
de te ver sorrindo
E agora
cada esquina é uma tortura
cada rosto, uma miragem
cada sonho com tua boca
transformado em tolas lágrimas
de um duro despertar
Eu nem te falei
que o teu “já” é o meu “ainda”
que a falta de sintonia
das nossas pulsações
é porque o teu pretérito
e o que eu chamo de presente
estão fadados a andar juntos mais à frente
Pois ainda que o mundo gire
em torno de si mesmo
ou em torno do sol
sei que vou estar aqui
pra te fazer sentir
entre um breve soluço
e um estalar de lábios
Leia Também:
![]() |
|
Paulo Henrique Brazão, nosso colunista oficial das quartas-feiras, é niteroiense, jornalista e autor do livro Desilusões, Devaneios e Outras Sentimentalidades. Recém chegado à casa dos 30 anos, não abre mão de uma boa conversa e da companhia dos bons amigos.
|
|
![]() ![]() |
Nenhum comentário:
Postar um comentário