O mundo anda tão louco que não
sei sobre o que poderia escrever. Não, não quero falar sobre as pessoas que
andam perdendo a noção cada vez mais. Também não pretendo fazer uma análise de
como a mídia não anda sabendo lidar com tantos acontecimentos simultâneos. Se
acontece uma tragédia aqui, é preciso equilibrar com aquela outra ali e ter
flashes diários sobre aquela outra lá.
Graças ao mundo conectado, ou por
culpa dele, pouca coisa ainda foge aos nossos olhares ou nosso conhecimento.
Parte disso é muito positivo, afinal, é mais fácil descobrir o que “de fato”
anda acontecendo do que só ter um olhar, de um veículo, sobre o tema. Mas ao
mesmo tempo é enlouquecedor. Estamos lidando com tanta informação, com tantas
notícias verídicas que parecem que são tiradas da capa do site Sensacionalista,
que é tudo muito desgastante.
Me sinto um ser humano de merda
quando vejo o festival de comparações entre tragédias. É uma disputa por quem
sofre mais ou quem merece mais atenção, que fico chocado. Se isso não bastasse, vem o festival de roubalheira dentro do país, que parece não ter fim. O pior de
tudo? Saber que culpados não serão castigados e que o dinheiro não voltará para
onde deveria. E nem saindo do âmbito político é preciso para falar sobre mais
um absurdo da semana passada. O secretário executivo do Rio de Janeiro e braço
direito do prefeito da cidade assumiu, melhor dizendo, teve que assumir após
vazar na impressa, mais um episódio de agressão à sua ex-mulher. E não para por
aí. Tudo só piorou com os argumentos apresentados por ele para justificar (como
se existisse alguma maneira de fazer isso) o episódio.
Acho que foi ali, ouvindo o
festival de besteiras apresentadas pelo secretário e nenhum veículo de mídia
questionando o que era dito, que decidi largar mão. Não é possível ficar são
quando se recebe notícia atrás de notícia e comentário após comentário com os
piores argumentos possíveis para se justificar (ou tentar justificar) o
injustificável.
Não se explica uma empresa
destruir todo um ecossistema e não ser chamada de criminosa pelos jornais. Não
se explica um atentado terrorista e represálias ao ataque, quando só inocentes
morrem. Assim como em uma briga de casal não se justifica o homem agredir sua
companheira. Exagerar em uma discussão não abre as portas para agredir
fisicamente alguém. Isso não é justificável de maneira nenhuma!
E vocês ainda achando que os
Maias estavam errados? Acho que o fim de tudo começou mesmo lá em 2012...
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Silvestre Mendes, o nosso colunista de quinta-feira no Barba Feita, é carioca e formado em Gestão de Produção em Rádio e TV, além de ser, assumidamente, um ex-romântico. Ou, simplesmente, um novo consciente de que um lance é um lance e de que romance é romance.
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