Diz pra mim, mas com honestidade: você já sentiu vontade de se cuidar? Sim, se cuidar. Marcar aquela consulta no dermatologista, depois ir ao barbeiro ou cabeleireiro polir o visual. Ah, dar
uma marcada para cortar as unhas e depois passar em uma perfumaria para comprar
um cheiro novo, uma nova fragrância para um novo você.
Pode ser que as respostas sejam
concentradas no lado do sim ou no do não (no fim, isso não muda em nada o que
quero dizer), mas é um fato que uma dessas coisas que listei você já fez na
vida. Pode ter sido por você mesmo, por
querer se cuidar e se sentir bem ao olhar para o espelho. Como pode ter sido
por certa pressão daquela pessoa com quem você estava e queria te ver bem.
Estou entrando em um terreno onde
quero me ver bem. Me sentir bem. Cansei um pouco do meu eterno visual de vinte
e poucos anos, que carregava por aí. As eternas bermudas. As camisas com estampas
de série e suas cores berrantes. Quero me vestir de outra maneira. De outro
estilo. Quero ter um estilo.
Engraçado pensar que estou em
busca de um estilo “novo”, nem considerava o “antigo” um estilo, mas uma
maneira de me vestir. O grande fato é que estou mais observador com as roupas
alheias. Com o que vejo outros caras usando por aí. Seja uma armação do óculos
mais clássica, que combine com o formato do rosto, ao corte de cabelo. Estou em
uma busca por “identificação”. Quero encontrar aquele eventual modelo que quero
ou seguir ou adaptar para o meu uso.
E se você chegou até aqui e não
anda entendendo nada do que estou dizendo, vou tentar te explicar. Pode ser que
aquilo que você nunca deu muita importância na vida seja uma das coisas que
mais te chame atenção em algum momento. Chame tanta atenção que você pode
querer, de uma hora pra outra, saber tudo a respeito. Pode ser que você só queira
se reinventar, ser um novo você. Afinal, a gente não muda só internamente. Somos
uma versão nova e atualizada, quase que diariamente, mas poucas vezes nos damos
conta disso e nos permitimos sair da zona de conforto que é o nosso eu de cada
dia e abraçamos o diferente. Que permitimos ser aquela versão que descobre novas
opções no menu do restaurante que visita semanalmente, ou então que decide
arriscar visitar um local completamente novo para descobrir novos sabores,
pratos. Ou só ter uma novidade em sua vida.
Algumas vezes, nós somos a
novidade, só não nos damos conta disso.
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Silvestre Mendes, o nosso colunista de quinta-feira no Barba Feita, é carioca e formado em Gestão de Produção em Rádio e TV, além de ser, assumidamente, um ex-romântico. Ou, simplesmente, um novo consciente de que um lance é um lance e de que romance é romance.
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