Academia é o pavor de algumas
pessoas, posso falar por minha experiência no assunto. Depois de uns anos,
cinco se não me engano, decidi que era hora de retornar. Não lembro bem o
motivo que me fez parar, mas não é preciso pensar muito no assunto. Qualquer
outra coisa é mais divertida do que ficar em um ambiente que é tudo, menos
confortável. Academia é um lugar hostil. Existe a galera que frequenta
regularmente, mais do que a própria residência, e existe o povo que tenta
gostar daquilo, se animar com aquela rotina, mas não consegue.
Lembro que na minha antiga
academia existia certa aposta entre os membros fixos. Sempre que alguém novo
chegava, o povo tentava adivinhar quanto tempo aquela pessoa ficaria até
desistir. Em alguns casos, todos acertavam. Mas entendia cada um daqueles “desistentes”.
Ao chegar a uma academia, sentimos todo aquele ambiente opressor, pessoas mais “fortes”
que você por todos os lados, com uma postura de leões disputando o seu reinado
em plena selva. Assusta. Tudo isso é como se você fosse o aluno novo da escola e
todos os grupinhos já estivessem formados, e você não ter a permissão de fazer
parte de nenhum. Talvez isso tenha colaborado pela minha desistência uns anos
atrás. Talvez não.
Só que quero focar no meu retorno
e no que observei de novo. Sim, existem mudanças no reino da Dinamarca. Ainda existe
a galera do “whey” por todos os lados, é claro. Mas também existe o povo que
decidiu se cuidar. Seja o Medida Certa, que fez alguém tomar vergonha e ir se
exercitar um pouco, ou talvez aquela blogueira fitness que inspirou para que alguém colocasse
o tênis de corrida nos pés. O importante é ressaltar que a academia está um
pouco diferente daquilo que me lembrava. Ainda é meio assustador em alguns
horários, ainda é, mas está mais acessível psicologicamente. É como se os donos
do segredo da vida saudável e do corpo escultural não estivessem mais evitando
novos membros. É como se o “clubinho” estivesse menos restrito e mais passível
de flexibilidade...
Ainda identifico certos comportamentos
que não são dos melhores, mas vamos encarar que nada muda da água para o vinho,
não é mesmo? E se quero ver alguma mudança, tenho que participar de algum
jeito. Apesar de no momento só sentir dores no corpo, por conta da série que
estou fazendo depois de anos, estou mais animado por continuar. Talvez esse
seja um início de textos motivacionais. Ou talvez esse seja um início... de
alguma mudança pessoal que vem por aí...
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Silvestre Mendes, o nosso colunista de quinta-feira no Barba Feita, é carioca e formado em Gestão de Produção em Rádio e TV, além de ser, assumidamente, um ex-romântico. Ou, simplesmente, um novo consciente de que um lance é um lance e de que romance é romance.
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