Sim, sim. Essa notícia é verdadeira e saiu em diversos meios de comunicação, mas afinal, teremos realmente o melhor que existe hoje?

Primeiramente, vamos entender como funcionam os medicamentos antirretrovirais, ou coquetel anti-aids: hoje, temos cerca de 24 medicamentos diferentes que podem ser combinados para tratar a pessoa que vive com HIV (PVHIV) no Brasil. É necessário fazer uma combinação de três tipos diferentes de medicamentos para que funcionem. Esses fármacos entram na corrente sanguínea e impedem que o HIV se replique enlouquecidamente, reduzindo drasticamente a sua quantidade e chegando, então, a não ser detectados nos exames. Isso é o que chamamos de nível indetectável de HIV. A pessoa continua infectada pelo HIV, mas o vírus não está mais no sangue e outros fluídos corporais, como o sêmen e leite materno. Porém, o HIV ainda se encontra em reservatórios do corpo, como as células cerebrais. Por isso, uma pessoa que faz tratamento contra o HIV, fica indetectável, mas nunca curada.
E, recentemente, conseguiram provar que se uma PVHIV está indetectável há pelo menos seis meses e sem nenhuma outra infecção sexualmente transmissível (IST), ela não pode transmitir o HIV para seus parceiros sexuais, mesmo em sexo sem camisinha. Mas cuidado ao sair por aí transando com todo mundo sem camisinha! Primeiro, porque não sabemos quem está ou não está seguindo corretamente o tratamento. Segundo, porque não temos como saber, só olhando para a pessoa, se ela tem ou não tem uma outra IST. E, por último, mas não menos importante, é que podemos ser infectados por outras doenças muito sérias, como a sífilis, HPV, hepatite B entre outras.