No início dos anos 1990, ninguém poderia imaginar que em menos de dez anos a internet deixaria de ser uma rede instrumental secreta do governo norte-americano e se alastraria com bilhões de usuários conectados em todo o mundo. Ou que pudesse existir o supertelescópio espacial Hubble, capaz de fotografar espetacularmente constelações, planetas e galáxias com distâncias incalculáveis ao nosso entendimento, antes somente imaginadas em filmes de ficção científica. Ou ainda que um animal pudesse ser clonado a partir de uma simples célula não reprodutiva, gerando um outro ser geneticamente idêntico ao primeiro.
Antigamente, o mundo levava séculos para se transformar. Tudo acontecia de forma gradual, paulatina, quase
modorrenta. Hoje a rapidez assusta. O mundo e o universo se aproximaram de tal
forma, que o infinito pode ser tocado com as próprias mãos, que brincam de ser
Deus.
A descoberta da “nova ordem mundial” gerou um conflito, uma
inquietação onde a incerteza tornou-se a única certeza. Ninguém pode imaginar como será o dia
seguinte. A complexidade tecnológica
mundial tomou a humanidade de assalto, que ainda está vinculada a simples determinismos
em que sempre viveu. Muitas vezes, tenho
a sensação que o Homem não conseguiu acompanhar a mudança mundial. E ao que tudo indica, a humanidade ainda não
está amadurecida o bastante para assimilar essa mudança. A evolução da tecnologia não é linear, mas
sim, exponencial.
Num futuro tão próximo quanto a sua esquina, a capacidade dos
computadores será a mesma dos cérebros humanos.
O wi-fi será lembrado como algo tão pré-histórico quanto o infantilóide
experimento de clonagem da ovelha Dolly.
A Li-Fi, internet à luz, já estará circulando tal qual os gigantescos
mamutes. O Hubble será um monte de ferro
velho vagando pelo espaço e o James Webb já estará clicando o universo. A Web 3.0, com seus inteligentes algoritmos,
será direcionada a cada um de nós, que filtraremos as informações, para dar
lugar a Web Semântica.
O único jeito de acompanhar toda essa reviravolta é mudar
também. E para isso, precisamos ser
menos burocráticos e menos preconceituosos.
Mudemos nossos hábitos. Sejamos
mais criativos e inovadores, estando mais informados sobre a cultura
contemporânea sem ter medo de produzir conhecimento. Que voltemos ao passado para entender o
futuro. Que figuras como Stanley
Kubrick, Isaac Asimov, George Orwell, Leonardo da Vinci, Kurt Cobain, Pablo
Picasso, John Lennon, David Bowie, Michael Jackson, Andy Warhol ou Machado de
Assis nos inspirem em um universo que não deixa de se expandir.
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