Dia desses, enquanto fazia faxina aqui em casa, eu tive uma epifania.
(Aliás, momentos de limpeza são ótimos para extravasar nossa energia acumulada. Recomendo.)
Foi o seguinte: separei o material que usaria para lavar o banheiro, tirei os objetos de dentro do banheiro e coloquei no corredor. Olhando daquela forma, fora dos lugares, eu pensei que tinha muita coisa e precisava dar um jeito de deixar só o essencial, sob o risco de sempre parecer bagunçado.
Depois de muito esfrega-esfrega, água etc, terminei de limpar. E, enquanto colocava as coisas de volta aos seus lugares, percebi que parecia sobrar espaço. O que antes da limpeza dava a impressão de estar amontoado e confuso, agora cabia perfeitamente ali. Cheguei à conclusão de que, quanto mais sujo o ambiente, menos espaço sobra nele. É uma questão de física. Lembra aquela coisa que aprendemos na escola de que dois corpos não ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo?
E se a sujeira reivindica seu lugar no mundo (se não a limpamos), imagina o que não faz dentro da nossa cabeça. Quantos pensamentos de negatividade, de raiva, de vingança deixamos que tomem o espaço das coisas boas? Vocês podem achar que é bobagem, mas não é. Tudo à nossa volta é composto de energia, inclusive nossos pensamentos e sentimentos. Quando alimentamos o que é negativo e prejudicial, damos um recado ao universo de que é isso que queremos atrair. Ah, e nós atraímos mesmo.
Perdemos muito tempo procurando soluções e bradando nosso infortúnio por aí, enquanto poderíamos ver o que em nós precisa mudar para que a vida comece a andar para frente da forma que desejamos. Não dá para esperar bons acontecimentos se só pensamos que tudo vai dar errado.
Por isso, assim como fazemos com a nossa casa, é necessário investir em uma limpeza interna. Jogar fora aquilo que não serve mais para que o que almejamos possa ter espaço para entrar e tomar seu lugar. É um exercício de reciclagem.
Vocês já repararam que depois que limpamos a casa, sempre bate uma brisa gostosa? Aqui chamamos de “brisa da limpeza”. E é essa sensação boa que devemos nos esforçar para chegar ao nosso ambiente interior.
Proponho, então, um exercício: tiremos um momento do dia para limparmos nossa mente e nosso coração. Todos os dias, vamos avaliar o que funcionou, o que precisa melhorar e o que podemos fazer para isso. Cuidemos da nossa limpeza interna assim como cuidamos da nossa casa.
Nossa saúde agradece.
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