Sou da época em que pessoas se conheciam através de salas de bate-papo do UOL e saciavam um pouco do seu desejo e curiosidade sexual através de relatos de outras pessoas. Isso, claro, bem antes da literatura erótica inundar prateleiras de livrarias mundo afora. E não faço uma crítica, mas uma constatação.
Não sei se a "new generation" ainda utiliza da arte de contos eróticos, já que o Xvideos torna tudo mais prático. Se você possui algum tesão especifico, só procurar na pesquisa por aquilo que quer ver e uma lista de videos aparece automaticamente. A facilidade do novo mundo, não é mesmo?
Mas, às vezes, me pergunto se isso não acaba tornando nossa criatividade na hora H meio engessada por aquilo que assistimos. É como se existisse uma competição com os atores dos filmes pornôs que assistimos. Se eles fazem, nós também podemos fazer. Igual ou melhor...
Só que a imaginação é mil vezes mais intensa. Quando um filme entrega já o tipo fisico dos atores e suas interpretações bem meia boca, sinto que o tesão que se forma é bem mais pelo visual do que o subprazer que o ato poderia gerar. Tudo se resume ao que vemos e o tesão que isso provoca. Entrar na "historinha" que é contada, se colocar no lugar de um ou mais personagens da trama, isso não existe.
Será que o conto de estilo erótico, escrito e postado em sites sobre casos acontecidos nos corredores de um prédio, com um motorista de aplicativo ou o segurança de uma boate, ainda possui espaço? Será que esse tipo de relato ainda tem seus fãs e admiradores? Será que imaginar o sexo vence assistir ao ato?
Será?...
Será?...
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Silvestre Mendes, o nosso colunista de quinta-feira no Barba Feita, é carioca e formado em Gestão de Produção em Rádio e TV, além de ser, assumidamente, um ex-romântico. Ou, simplesmente, um novo consciente de que um lance é um lance e de que romance é romance.
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2 comentários:
Claro que ainda tem seu espaço e seus fãs. Ainda mais entre os que curtimos por muito tempo os textos do (finado?) Mixbrasil!
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