Eu nasci no dia 11 de outubro de
1985. É até louco imaginar que isso foi há trinta e três anos. Quando eu
era pequeno tinha certeza que quem tinha trinta anos era muito velho. Agora estou eu aqui sendo "muito velho", quase um idoso, mas me sentindo bem jovem.
Tudo bem. Minhas costas doem e
meu joelho já não é mais o mesmo, isso é fato! Só que em alguns aspectos, não
sinto ter amadurecido tanto. Imaginava que quando estivesse com essa idade de
trinta e três anos, já teria feito todos os meus planos e realizado todos os
meus sonhos. Ao menos era essa ilusão que me vendiam na infância. Tirando a
parte que não ganho milhões, ainda não escrevo minhas séries e continuo morando
no Rio de Janeiro, nada do que esperava aconteceu.
Ah, também continuo solteiro. É
incrível que sempre precisamos tocar nesse assunto quando fazemos uma avaliação
de nós mesmos. Parece que é necessário fazer um mea culpa só para tocar nesse
assunto. Não que isso seja um problema ou um drama pra mim, está bem longe
disso. O que acredito é que nesse tempo eu acabei mantendo um lado pré-adolescente
que não evoluiu muito. Gosto de sexo, gosto de beijar na boca, mas a parte de
manter um vínculo por um tempo maior que isso é complicada. Ou seja, ainda sou
meio que a Meredith Grey na primeira temporada de Grey’s Anatomy...
O que acho interessante em ficar
mais velho é que fui ficando menos resistente. Antes, ouvir uma música nova ou
assistir um filme ou série, sem que nada soubesse da trama, era muito difícil.
Hoje tenho menos barreiras ao não. Estou mais propenso a tentar. Ver se a
música X ou Y pode mesmo me cativar ou se a série nova da última semana, que
está em cartaz no streaming é tudo isso mesmo ou não. Ficar mais maduro tem
dessas coisas.
Então fica tranquilo que o único
problema de envelhecer é que muitas vezes você pode acabar fazendo uma
referência de novela ou série que o seu amiguinho não assistiu porque não era
nascido. Aconteceu comigo e estou sem palavras até agora.
Leia Também:
![]() |
|
Silvestre Mendes, o nosso colunista de quinta-feira no Barba Feita, é carioca e formado em Gestão de Produção em Rádio e TV, além de ser, assumidamente, um ex-romântico. Ou, simplesmente, um novo consciente de que um lance é um lance e de que romance é romance.
|
|
![]() ![]() |
A opinião dos colunistas não representa necessariamente a posição editorial do Barba Feita, sendo estes livres para se expressarem de acordo com suas ideologias e opiniões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário