
Dando continuidade aos nossos melhores de 2018, foi-me incumbida a responsabilidade de capitanear a lista dos livros que se destacaram neste ano, mesmo que não tenham sido necessariamente lançados nesses 365 dias.
Num ano em que o Ministério da Cultura coloca-se à prova, junto com outras esferas do Poder Público, imprescindíveis ao alimento da população que amarga com políticas cada vez mais excludentes de direitos e informações, onde livrarias tradicionais fecham suas portas por falta de incentivos culturais e financeiros para se manterem, num ano onde um livro paradidático foi utilizado como moeda de troca de votos sob falso alarde de incitação ao erotismo, falar de livros é um grande desafio.
Não sei para vocês, leitores, neste mundo tão moderno, onde a leitura que desejas pode ser baixada quase que imediatamente (e, por vezes, de forma gratuita) no seu celular, a falta que as páginas de papel fazem. Mas para mim, a abertura da proteção plástica que embala os exemplares, o cheiro das folhas novas impressas nas editoras tem um quê de infância. Um quê de esperança. Esperança que eles persistirão e continuarão existindo. Talvez um dia, como grandes tesouros, vendidos a peso de ouro, quando num futuro longínquo, dada a velocidade da nossa tecnologia, deixarão de existir...
E como somos um grupo de transgressores, resolvemos sim, falar dos melhores livros que lemos em 2018! Eis a nossa lista: