Quando me deparei com o livro da
Marie Kondo, lá em 2015, fiquei bastante curioso e interessado no que ela tinha
para dizer sobre técnicas de arrumação, mas acabei não comprando na época.
Fiquei com medo de ser um daqueles livros que começo mega interessado e acabo
deixado de lado e vai acumulando poeira em cima. Só que com o passar dos anos,
alguns amigos falavam maravilhas do livro e de sua criadora. Kondo mudou vidas,
sério.
Corta para o início de 2019 e eu navegando
pela Netflix em pleno final sexta-feira à noite e me deparando com a nova série
sobre organização com Marie Kondo. Em uma mistura de reality show
comportamental com as técnicas ensinadas em seu livro, o programa prende e nos faz
ficar envolvidos com a vida de pessoas que nunca vimos antes e dá uma vontade
absurda de sair arrumando a casa e ficar só com aquilo que nos faz feliz.
Aliás, esse é um principio que
não deveria nem ser aprendido através de livro ou de um programa de plataforma
de streaming, mas ensinado desde que começamos a ganhar nossa mesada e nos tornamos
consumidores. No lugar de sairmos
gastando dinheiro desenfreadamente, será que não é mais positivo comprar aquilo
que nos fará realmente feliz? Pois é, reflete aí...
Voltando ao programa. Só assisti
dois dos oito episódios e me senti muito envolvido em cada um deles. Não
adianta você dizer que é alguém com a casa em ordem, existe algum setor que
precisa ser mexido por não estar organizado como deveria. E aí que o jeitinho KonMari
funciona. Em muitos livros sobre técnicas de arrumação, a dica é ir por cômodos da
casa, por exemplo, mas não na versão Kondo. Ela divide isso de outra forma: roupas, livros, papelada, itens diversos (Komono) e itens de valor sentimental.
Marie humaniza esse momento de separar o que vamos manter e o que deve ser
doado/ir embora da sua casa e da sua vida. Como tudo deveria ser, não é mesmo?
A base dessa arrumação é descartar
o que não te traz mais alegria. E normalmente a gente coloca no fundo do
armário, empilha no quartinho dos fundos ou coloca em algum lugar longe das
nossas vistas e que não veremos mais... Só que eles (os objetos) continuarão
ali, ocupando um espaço que poderia estar vago para algo novo e o objeto também
poderia estar com alguém que esteja precisando dele.
Amigos que seguiram todos os
passos que são descritos nos livros – alguns acompanhamos também na série da Netflix –
assumem que a vida, como um todo, mudou. E acaba sendo isso que a gente quer,
né? Deixar o que já não agrega ir embora e que o novo venha no lugar.
Aproveita que o ano está só começando e dá o play em Ordem Na Casa com Marie Kondo. E compre o livro também, já que nem tudo é mostrado nessa série. E se queremos mudar, temos que fazer do jeito certo!
Aproveita que o ano está só começando e dá o play em Ordem Na Casa com Marie Kondo. E compre o livro também, já que nem tudo é mostrado nessa série. E se queremos mudar, temos que fazer do jeito certo!
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Silvestre Mendes, o nosso colunista de quinta-feira no Barba Feita, é carioca e formado em Gestão de Produção em Rádio e TV, além de ser, assumidamente, um ex-romântico. Ou, simplesmente, um novo consciente de que um lance é um lance e de que romance é romance.
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A opinião dos colunistas não representa necessariamente a posição editorial do Barba Feita, sendo estes livres para se expressarem de acordo com suas ideologias e opiniões.
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